Moradores de SP pagam por frete e ainda precisam retirar mercadoria em agências dos correios

Moradores de São Paulo pagam pelo frete e ainda precisam retirar mercadoria em agências, porque os Correios não entregam produtos. A empresa justifica que algumas regiões da Capital Paulista são violentas e apresentam riscos aos entregadores.

A atendente Gisele Barbosa queria comodidade neste fim de ano. Comprou alguns presentes pela internet para os sobrinhos, mas o que conseguiu foi uma baita dor de cabeça. Isso porque os produtos não foram entregues em casa como ela gostaria. O jeito foi retirar tudo numa agência dos Correios. Gisele mora em Itaquera, na zona leste de São Paulo, região que apresenta mais restrições aos Correios.

Em alguns distritos os moradores são obrigados a retirar mercadorias nas agências das empresas, porque os entregadores não chegam a esses locais.

Já o comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, Nivaldo César Restivo, critica a postura da companhia de recusar a entrega de produtos em alguns locais alegando problemas de segurança.

Atualmente, a restrição – imposta, segundo a estatal, pelo alto índice de assaltos – alcança 29 por cento da capital paulista.

Pelo menos 4,5 milhões de pessoas são afetadas, a maioria em bairros da periferia como Itaquera, na zona leste, Capão Redondo, na zona sul, e Brasilândia, na zona norte.

Em entrevista à BandNews FM, o comandante-geral da Polícia Militar paulista, Nivaldo Restivo, negou que a situação seja tão crítica a ponto de os carteiros não conseguirem entrarem em alguns locais. Diante dessa situação, a atendente Gisele Barbosa mudou os hábitos de consumo desde que mudou para Itaquera há 4 anos.

Outra pessoa que tem enfrentado dificuldades para receber os produtos neste fim de ano é o enfermeiro José Magalhães. Para acompanhar a entrega, o morador do Umarizal, na zona sul de São Paulo, até baixou o aplicativo para acompanhar o processo.

Em nota, os Correios reconheceram que a carga recebida está acima da média, mas garantiu que as equipes foram reforçadas nesta época do ano. A empresa disse que contratou empregados terceirizados e linhas adicionais de transportes para ajustar a demanda de encomendas.

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